Pesquisar este blog

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Meus Devaneios

Poder ser eu mesmo,
Andar descalço no asfalto quente,
Querer o que quer que seja meu,
Ser meu precário Orpheu.

Navegar no breu escuro,
Nos mares azuis de Netuno,
Ser Pierrot do tempo, lento,
Fazer atrasar Saturno.

Ser Loki das marés sábias,
Derreter minhas asas sob o sol ardente,
Saber que não sei, ser fiel ou ateu,
Ser meu e só meu.

Morrer de amor e nascer do ovo
Para poder morrer  de amor e amar o novo,
Viver de amor e morrer de fome,
Para poder morder o amor e amar o homem.

3 comentários:

  1. Excelente construção textual!!!
    desenvolve-se de uma maneira linear...
    de modo a fazer com que possamos desenvolver o pensamento na mesma proporção.

    Cada vez crescendo mais, Cobrinha!
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Meus parabéns, amigo.
    Muito bom, mesmo.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Devaneios...Ah...!
    Decifrá-los? Quem sabe? Pode ser.
    Por que?
    Digno de atenção esse pasmo.
    Mas, contrariando a expectativa,
    Eis um presente:
    Uma tábua com sete sutilezas.

    ResponderExcluir